A I Bienal Rural de Leitura da Bahia é um projeto de promoção e incentivo da leitura que, por meio de diversas linguagens, busca ampliar o entendimento dos vários contextos e formatos em que a Literatura se insere.
Através dela, alunos do Ensino Fundamental vêm compartilhando seus gostos e experiências literárias com estudantes do Interior da Bahia, e passando a ter uma outra visão das crianças e adolescentes que vivem nessas localidades.
Despertar o interesse de crianças e adolescentes, num intercâmbio entre alunos da zona urbana e da zona rural, pelos livros e outras formas de narrativa, como o cordel, a história oral e os quadrinhos, são alguns dos objetivos da Bienal.
A abordagem dos processos criativos de alguns desses gêneros, feitas através de palestras e bate-papos, também integra a programação.
Sendo assim, a proposta é reunir cartunistas, escritores, jornalistas, profissionais do Teatro, do Cinema e de outras áreas, para mostrar a importância dessas atividades na formação de leitores.
& O Brasil está entre os maiores produtores do mercado editorial do mundo, ocupando a oitava posição em 2006. Mas, o índice de leitura do brasileiro ainda é menor que o da Colômbia: 1,8 livro por habitante, ao ano.
& Cerca de 1.300 municípios das regiões mais pobres do país não possuem uma biblioteca pública e estima-se que 6,5 milhões de brasileiros não possam comprar um livro?
& Através do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), pretende-se elevar em 50% a quantidade de leitores, num período de três anos.
& O programa “Fome de Livro”, do Ministério da Cultura, fala em implantar mil bibliotecas nos municípios onde não haja nenhuma.
É nesse contexto que a Escola Municipal Geminiana Sousa Assunção, a única do distrito de Bela Flor, em Catu, onde crianças e adolescentes dividem o tempo de estudo e brincadeira com os trabalhos da roça, como a lavoura da mandioca e a criação de gado, e o Colégio Villa Lobos, em Salvador, buscam parcerias com as instâncias do Governo e a iniciativa privada, para a promoção de políticas públicas de incentivo e acesso à leitura.
Este ano, o Villa promove mais uma campanha para arrecadação de livros para a escola pública, com o objetivo de 1500 a 2000 títulos, a exemplo da que foi realizada em 2006 e beneficiou a Escola Municipal Geminiana Sousa Assunção, no povoado de Bela Flor, em Catu, possibilitando a criação de uma mini-biblioteca, com os 400 livros doados pelos alunos do Colégio .
“A minha infância foi no interior. É um outro ritmo de vida, as pessoas são muito observadoras, têm uma preocupação em fazer com que você se sinta bem e preservam determinados costumes. A linguagem e a cultura deles demonstram um jeito muito próprio de se viver. No convívio com pessoas do interior, temos a oportunidade de desconstruir preconceitos e resgatar alguns valores que a gente vai deixando para trás diante do cotidiano urbano”, destaca a coordenadora pedagógica de 1ª a 4ª série Daise Moreira.
6 comentários:
Fico feliz pela concretização de um sonho que teve início na turma da Terceira Série.
Generosa e Daise estão de parabéns."Sonhos são possibilidades esperando para se tornarem reais."
(Carla Jolyn Carey)
Torço por vocês e pelo Colégio Villa Lobos.
Eília Pimenta
É uma satisfação enorme poder fazer parte desse evento. Um momento ímpar, tanto para a história da cidade de Catu quanto para a história da nossa escola. Que iniciativas como essa sejam propagadas para mais oportunidades sejam vivenciadas.
Karla Patrícia e Tânia Cruz
Gestoras da Escola Municipal Geminiana Souza Assunção
Desejo que a Bienal Rural seja um referencial multiplicador. Que seja vista, lembrada, duradoura e uma luz no desenvolvimento do prazer, do hábito e da necessidade da leitura, para a nossa alma, para a nossa formação.
Abraços!!
Arlon Souza
É maravilhoso constatar o progresso da tecnologia e ao mesmo tempo preocupante saber o quanto esta influencia na vida das nossas crianças.
A I Bienal Rural de Leitura da Bahia é uma iniciativa socializadora (visto que promove a interação entre estudantes de realidades e perspectivas diferentes) e conscientizadora (devido aos choques de valores que levam a uma conseqüente reflexão a respeito da função do indivíduo como agente de mudanças).
Esta é uma grande oportunidade para as crianças enxergarem além das engenhocas computacionais, resgatando o prazer de ler um bom livro e, sobretudo, desfrutar de uma amizade verdadeira.
Albert Moreira
Estive ontem na Bienal e foi tudo muito bom. A presença do Presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, contando histórias imperdíveis; a querida atriz e escritora Sônia Robatto encantando crianças e jovens presentes e a Orquestra da Juventude dando um show à parte para a comunidade de Bela Flor. Foi tudo mesmo maravilhosos. Mas o melhor de tudo foi ver alunos de Salvador se encontrando com os alunos da Escola Geminiana Sousa Assunção, de Bela Flor: duas realidades diferentes ligadas pelo desejo de trocar idéias sobre livros lidos. Vamos em frente que ainda temos mais três dias de Bienal.
Parabéns a todos os participantes e promotores. Iniciativas como esta merecem aplausos e que sejam reproduzidas pelo estado inteiro, e também pelo país.
Livro e leitura precisam estar juntos, ir atrás do público, formar leitores.
Gostaria de doar alguns exemplares de livros de minha autoria.
Valdeck Almeida de Jesus
www.galinhapulando.com
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